Mais uma poesia da adolescência. Essa me lembro quando escrevi. Foi depois de ler, pela primeira vez, Ismália, de Alphonsus de Guimaraens.
PLEASURE
Caçar baleias, com arpões de luz azul
Piscar os dois olhos e ver este momento no espelho
Pintar o espaço-livre entre o você e o outro
Escrever poemas sobre nada, e dizer tudo
Falar sobre o que não sabe e aprender com isso
Tomar limonada quente com churros gelados
Rir de si mesmo depois de cair duma escada e quebrar as duas pernas
Voar bem alto, e lá de cima, perceber que a terra é o melhor lugar
Morrer e voltar para contar como é
Exalar as pétalas de magia que habitam em mim nas noites de lua crescente
Pular pelas várzeas que estão dentro de mim, fluindo e influindo o mundo. Não aquele mundo onde tem casas, árvores, janelas e pessoas, mas um mundo só meu, que é o maior de todos, mas cabe dentro da minha cabeça.
Esse mundo dá uma idéia de universal. É rasgado, é louco, é pintado de tinta guache.É meu mundo cantado pelas musas
Ser Ismália e pular da torre.
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