domingo, 7 de novembro de 2010

Almoço de domingo

Hoje fui almoçar na casa de mamãe.  As conversas de almoço são sempre as mesmas, em todas as casas, não é mesmo? Como o mês de novembro já começou, o tema principal foi o cardápio de Natal e como serão organizadas as festas de final de ano. Quem vai fazer o que, quem vai  cozinhar o que... Como sempre, sobra para mim, a bendita torta de pêssegos. Fiquei pensando: por que todos os anos, fazemos as mesmas coisas, as mesmas festas, as mesmas comidas? Se o intuito é mentalizar a transformação de um ano para o outro, inserir uma energia de RENASCIMENTO (não é aniversário do tal Jesus???), sempre repetimos as mesmas comidas típicas, as mesmas cores de toalhas e aquela, cá entre nós, brega decoração natalina ...
Por mim, inovava em 2010/2011. Comeria apenas comida árabe. Para celebrar o que esse povo sofreu e sofre durante essas centenas de anos de mentalidade cristã hipócrita e preconceituosa. Comeria, também, alimentos kosher, para lembrar dos judeus que moram ao nosso lado e que são tratados apenas como os coitados da segunda guerra e que não fazem nada às sextas-feiras. Misturaria essas comidas todas, faria uma ceia totalmente cristã: comeria em nome do amor de dois povos. Acho que isso é que o tal do Jesus queria, afinal de contas, não é?!
Mas numa família italianíssima, como a minha, cheia de veias africanas e indígenas, a torta de pêssegos será sagrada para todos! O valor da nossa ceia será o de sempre: da minha família, a união de pessoas que se amam, mas que moram longe uns dos outros.
Que fiquem os sentimentos cristão de união dos povos, mas que fique, também, bem temperado o leitão assado de mamãe.


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