segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

LEA-T, LADY-G, GLB-T

Em tempos de alimentos transgênicos e células-tronco, nada melhor para representar a raça humana do que um travesti.
Muitos dizem que ser G, L, B, T, T, T, T,... É ir contra a natureza. Mas se ir contra a natureza é não respeitar a vontade do mundo, por que o homem criou a arquitetura, em vez de morar em cavernas? Por que criou piscinas, em vez de banhar-se nos rios? Por que come nuggets, em vez de galinha frita? SIMPLES: Porque somos criadores, inventivos! O ser humano tem como natureza a diversidade e a capacidade criativa: do mundo, do outro, de si. Por isso, ser travesti nada mais é do que ser humano.
E estamos com essas bonecas por todas as partes. Alexandre Herchcovitch trouxe a brasileiríssima híbrida e andrógina Léa T para representar a liberdade cultural em seu desfile. Lady Gaga gravou seu BORN THIS WAY, canção que celebra a diferença, principalmente as diferenças sexuais. O Big Brother Brasil (sic) trouxe para a TV uma transexual, para criar polêmica...
Mas qual a diferença entre todas essas siglas G, L, B, T, T, T, T...?
Para mim, nenhuma diferença. Todos são da mesma essência e o que decidem ser, qual identidade elaborar, fica por conta da cabeça de cada um.
Como diz minha mãe, “cada cabeça, uma sentença”, mas também acrescento: “uma sentença da própria natureza”, pois somos o que queremos, e não o que podemos.
E se lidar com isso parece difícil, basta-nos tornar fácil. E celebrar o híbrido, o diferente, o que rompe com os paradigmas e mostrar que ser humano é um ser criativo: é TRAVESTIDO pela própria natureza!




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