segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

DIETA DE FINAL DE ANO, BY ROSEANA MURRAY

Hoje, lendo o blog da Roseana Murray - o blog mais gostoso e atualizado do meu mundo - li a nova dieta dela. Fiquei encantado com a ideia e repasso, aqui, para quem quiser. É bem simples, e creio surtir excelente efeito:

"E hoje inventei um método para comer menos, pois dezembro não é brincadeira: anoto tudo o que como. Para mim as palavras são sempre mágicas e se anoto, saltam aos meus olhos todas as extravagâncias. Vamos ver se dá certo."
Já estou com meu bloquinho aqui ao lado, para registrar minhas loucuras glutônicas.


QUERIDA JULIETA,

Assisti, nesses dias, por duas vezes, ao filme "Cartas para Julieta". Há tempos não vejo um filme romântico tão gostoso e que me fizesse entrar de cabeça na história. A narrativa, previsível até o último fio de cabelo, é o melhor. Adoro filmes de amor previsíveis, pois a certeza de final feliz, desde a primeira cena, tem aquele "quê" de esperança que sempre queremos carregar no coração, mas que tememos que alguém a despedace.
As  personagens são delicadas, muito bem delineadas pelo perfil hollywoodiano. E a Itália... nossa, a Itália é um personagem à parte do filme. Confesso que o país do Coliseu nunca me agradou muito, mesmo sendo neto de italianos. Mas depois de ver a Verona de Williano Shakespearelli, meus sentidos aguçaram-se por aquelas aragens.
Não procurei saber se realmente existem pessoas que respondem as cartas em nome de Julieta,  mas que deu vontade de escrever e falar um monte de verdades para a amada Capetto, dizer o que se esconde dentro do meu coração, nossa... deu sim!E também deu vontade de fazer outras coisas, mas que aqui, no blog, não posso dizer!
Mas posso dizer, sem dúvidas, que esse filme é imperdível e que, por isso, estou montando uma disciplina, na faculdade, baseada na peça e no filme. Muitas cartas vão rolar...




















PS: EM BREVE, ESCREVO UMA CARTA PARA A JULIETA E COLOCO AQUI.

1/3

Na formatura do CBO, na sexta, como não bastasse a quantidade de afeto, de carinho que recebi, junto com o lindíssimo texto escrito pela Karine Rangel, minha aluna 1%, ganhei uma lembraça maravilhosa. Digo lembrança, porque presente é presente, é o momento... e lembrança dura para sempre...
A Jéssica, aluna carinhosíssima, dedicada, sempre marcando sutilmente sua presença em minhas aulas de Literatura, fez-se lembrar com um terço encantador, barroco, símbolo máximo de nosso convívio pelos três anos que passamos estudando juntos.
Desde a primeira prova que apliquei em sua sala, ela sempre portava um terço, materializando sua fé e, evidentemente, atraindo notas excelentes. Na formatura, inclusive, dediquei-lhe uns pensamentos sobre as bênçãos que eu lhe enviava, junto com o terço.
É engraçado pensar nessa transmissão de pensamento, na troca que fizemos: dei-lhe um texto, ela, um terço. Cada um deu para o outro o que é mais precioso para si. E, nessa história, eternizamo-nos um para o outro. O terço que ganhei será bento por um padre, em Rio das Ostras, e ficará em minha escrivaninha de estudos, a fim de me fazer lembrar para sempre de Jéssica e, também, proteger-me. Já o texto, creio que ficará guardado em alguma caixinha de lembranças, que toda moça possui. Assim, cumpriremos nosso pacto nada secreto: seremos para sempre, um para o outro.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TEXTO PARA MEUS QUERIDOS DO CBO / 2010

A cada ano, parece que fica mais difícil me despedir dos alunos do terceiro ano, no CBO. Olhando para vocês, sentados, aqui, faz-me lembrar o lugar onde nos conhecemos e construímos nossa vida juntos: a sala de aula. Mas não preciso, hoje, pedir para ninguém ficar quieto, prestar atenção no que falo. Nem preciso mais distribuir apostila com textos. Pensando bem, vou distribuir uma apostila sim... mas dessa vez, não será de nenhum autor famoso, de nenhum nome que temos de estudar para o Vestibular. O texto é meu. ///
Tudo bem. Pode falar que eu fiz uma intertextualidade, uma paródia da Fernanda Young. E fiz mesmo. Porque é uma das escritoras de que mais gosto e que mais gostei de trabalhar com vocês. E foram tantos, não é mesmo?
            Eu ia escrever para cada um, mas desisti, pois vocês acabaram comigo com o simulado, deixando um monte de recados que me fizeram abrir o berreiro enquanto corrigia as provas. Ainda bem que estava em casa, senão passaria a maior vergonha na sala dos professores!
            Nesse ano estou mais emotivo que o normal, vocês sabem da perda importante que tive, meu mais importante professor foi embora, e isso, além de me deixar mais sensível, me fez rever o valor de um professor.     E estar aqui, na condição em que estou, como paraninfo, aquele que representa o padrinho de vocês, está sendo valioso demais. Vejo, em seus olhos, que cumpro minha tarefa com amor e profissionalismo.
            Mesmo porque eu sei que esse não é apenas um título que ganhei de vocês. Foi a nossa história juntos que me nomeou assim. E tenho história com cada um de vocês...
            Il-Heim, nome estranho? Jamais! Um dos nomes mais lindos que já ouvi. Não se esqueça de me convidar para a formatura da faculdade chique, tá bom?
            Elis, cheia de xodó, cheia de carinho, sempre com uma palavra de afeto e olhos iluminados.
            Brenno, sempre com suas histórias meio esquisitas, seus papos que só ele entende...
            A lista de Lucas... tem o Carrupt, tem o Leal, tem o Tinoco: todos muito Lucas mesmo: lembram a descontração, o ânimo, a alegria!
            Bianca, sempre quietinha, mas com um olhar atento, com um sorriso aberto!
            Jobson, Péricles, Thiago e Pedro, lá no canto deles, mas sempre com um bom dia animado!
            Carol, minha Bella do Crepúsculo, eterna musa do Dorian Gray e com as tiradas mais engraçadas. Ainda vou roubar uma caneta sua!
            Talita e Thárcyla, inseparáveis, escondem tantos segredos, que até Deus duvida!
            Stella, a mitóloga de plantão, já solucionou vários mistérios nas aulas de Literatura... Sem você, falar de Atena, Afrodite e Hermes, seria sem tanta graça.
            Joyce, a nutróloga chegada num Passatempo, brilhante e cheia de afeto!
            Mariana, Mari, delicada como uma pétala de flor, sempre muito atenta e com carinho brilhando nos olhos.
            Bárbara, Letícia, Clara e Johann, chegaram esse ano e logo entraram no ritmo: no ritmo da alegria e da comunhão, conquistaram seu espaço e principalmente o respeito de todos.
            Luanda, hunf... sempre me fazendo andar de lado, não é? E você sabe o porquê... Com o sorriso mais gostoso de se ver, o abraço cheio de afeto.
            Isabela Fávero, jeito de menina, alma de mulher madura, rindo até das minhas piadas sem graça.
            Rafael, partner no crime dos vídeos mais mirabolantes, um entusiasta, que merece todo o sucesso que tem e terá.
            Hellen, a riostrense, sempre de fala mansa e sorriso no rosto, até nas horas mais difíceis. É assim a vida, minha querida, matar um leão por dia, para poder estar aqui com todo o merecimento.
            Karine, pulguinha, minha segunda filha da família Rangel, vai deixar tanta saudade quanto a primeira... mesmo porque você não é 5, mas 1%!
Pollyanna, minha companheira apaixonada por Harry Potter, ainda temos o último filme pela frente, e quero assistir com você, para chorarmos na cena final juntos!
Guilherme, Caíque e Gustavo, três pérolas, que sempre tem algo para contar... desde um amor antigo, não é, Caíque, até as peripécias mais malucas!
Layla, no início achava que não gostava de você, não é? Pois está mais do que provado o quanto eu te adoro! E o vestido chega um dia, pode ter certeza... nem que seja para sua neta usar!
Izabela Couto, dorminhoca, esquecida, desmemoriada: sempre procurando algo, mas com doçura e delicadeza.
Thainá Busquê, a que sempre se comunicou comigo pelo olhar sob os óculos... e sempre falou a verdade, com uma sinceridade incrível!
Janaína, quietinha, mas quando se junta com Thaís, nossa... ninguém as segura!
E se você pensa, Lívia, que me esqueci dos cookies... Jamais, pois eles sempre me lembram da sua doçura!
Lontra, meu Deus, queria ter 1% do seu bom humor! É o garoto mais feliz do mundo!
Jéssica, linda e doce, com um jeito de ser que não há como não se tornar fã! Só ela sabe contar as aventuras com as meninas mais que atrapalhadas, fazer as provas com um terço que até eu, no meu canto, rezava por ela...
Raphaella, o abraço mais apertado, o sorriso mais aberto. Desde o primeiro dia de aula, viramos amigos!
Raquel, cérebro ambulante, não tinha como deixar de escrever, em todas as suas provas, um bilhete de alegria. E surpreso, na última prova, quem ganha o bilhete fui eu! Não faz ideia como sua delicadeza e sutileza farão a diferença no mundo!
E Léo? Eu fui seu aluno antes de ser meu aluno. Desde quando passávamos as tardes conversando na escola, falando da vida Ele, engenheiro formado desde sempre, me ensinando as artimanhas da eletrônica, com uma simpatia e uma simplicidade que nunca esquecerei.
Laís, amigona, de todas as horas, sempre confiou em mim seus segredos e seu abraço apertado com um bom dia mais que verdadeiro, todos os dias do ano. Se alguém carrega a maturidade com a leveza de um sorriso, é você, minha querida.
E por último, para ela não chorar durante todo o meu discurso, e para EU não chorar TANTO, também, Thainá Borges ... Aquela que é mais difícil que um exército para conquistar, mas depois disso, é a amiga mais fiel, transparente e amável que existe. Querida, você sabe que eu estou eternamente do seu lado, não é?
Sabe, turma,  quando mistura alegria de missão cumprida e saudade por saber que não nos veremos mais com a mesma frequência? Pois é...
Isso está acontecendo agora com cada um de nós... É a sensação de liberdade e de medo, mas tenham certeza: vocês terão um caminho lindo pela frente, porque aprenderam a ser verdadeiros e a caminhar com passos dignos e cheios de amor!
Eu amo TODOS vocês!
Beijo e
ALL FOR RIA!!!


domingo, 5 de dezembro de 2010

AI, QUE LOUCURA!!!

Esse fragmento saiu do livro "Ai, que loucura!", da Narcisa Tamborindeguy. Só ela para narrar um fato assim...

Em Bali e em Acapulco. O sujeito está de férias, se bronzeando nas praias maravilhosas. Chega uma moça nativa deslumbrante, oferece um baseado de maconha, o sujeito aceita, acha que pode relaxar, afinal, está de férias, enfim, entra na onda. Depois, a moça mostra o distintivo:
- Sou da polícia; esteja preso!
- Mas você que me deu!
- Prove, então!


MADONNA, PELOS OUTROS

Montando minha tese, reuni algumas imagens exóticas da Madonna. Mas nada de verdade, tudo através dos olhos da arte, seja gráfica, seja desenho...  São diversas Madonnas, para todos os gostos  e públicos. Aqui, algumas delas, as mais "cool". Minha favorita é a Madonna cubista.






FÃ DA MADONNA

Dei essa entrevista em 2005. Mas ainda acho atualíssima, está super valendo!

1)      Há quanto tempo você é fã da Madonna? Desde 1990.
2)      Seu(s) clipe(s) favorito(s): Vogue, Rain, Frozen, Bedtime Story.
3)      Seu(s) álbum(ns) favorito(s): Ray Of Light, Bedtime Stories
4)      Seu(s) single(s) favorito(s): American Pie, Vogue
5)      Sua(s) música(s) favorita(s): Vogue, Human Nature, Nothing Fails, Like a Prayer, Sky fits heaven.
6)      Sua tour favorita: DWT
7)      Sua apresentação favorita: MTV Awards Show em 1990, com Vogue, vestida de Maria Antonieta
8)      Seu visual favorito: Na época de Ray of Light
9)      Um momento marcante da carreira de Madonna: O álbum Ray of Light. Nessa época ela realmente foi uma camaleoa. Mostrou que não tem medo de ser ela mesma.
10)  Melhor filme: Procura-se Susan desesperadamente.
11)  Melhor personagem: Dita Parlo
12)  Melhor entrevista: Chat MSN em 2001 para divulgar o GHV2. Achei que a Madonna estava bem humorada, à vontade.
13)  Melhor Frase: "Você pode ser o que quiser, desde que tenha coragem e os nervos
necessários."
14)  Melhor ensaio fotográfico: W Magazine, com Steven Klein, 2003.
15)  Eu gostaria que a Madonna fizesse: menos plásticas!!!

INTELECTUALIDADES FELINAS

Tenho uma gata preta, chamada Sarah Jessica Gasparelli. Ela é eruditíssima, adora ler materias de artes plásticas. Na verdade, ela vive debruçada sobre livros, lê o dia inteiro, se eu deixar. Nos últimos tempos, está na casa da mãe, com o irmão, John Preston Big Gasparelli, em Maricá. Morro de saudades, mas admito: sou um pai desnaturado. Nem sempre posso estar junto e não participo muito da educação dela. Mas morro de saudades...


MAPA ASTRAL

Para quem gosta de astrologia e quer fuxicar a minha vida, eis meu mapa atral. Coisa muito fina, cheia de mistérios e segredos...


sábado, 4 de dezembro de 2010

FILHOTE DE ELFO

Ainda fuçando fotos de Madonna para a escrever minha tese, mexendo em meus backups antigos, achei essa foto. Eu tinha três anos quando foi feita. Gosto dos meus olhões! E mamãe sabiamente escolheu uma camisa discreta para a primeira foto 3x4 de seu filhinho lindo... Mas minhas orelhas são um comentário à parte... pareço um filhote de Elfo, saído diretamente das páginas de Senhor dos Anéis!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

THE BUBBLE

Essa crônica nasceu dia 19 de janeiro de 2009, logo após meu aniversário, que foi comemorado em Saquarema. Foi o último aniversário que passei com Latuf.

O bom de escrever crônicas avulsas é a irresponsabilidade temporal, a possibilidade de romper os limites que o relógio cria e lucubrar fatos sem compromisso com a ordem que eles aconteceram.
Ontem à noite, meu coração parou por alguns segundos. Meus olhos lacrimejaram. The Bubble, último evento da comemoração do meu aniversário em Saquarema foi, sem dúvidas, a mensagem final de que somos irremediáveis.
E irremediável, incurável, foi o dia de ontem. Na companhia mais pacífica possível, passei um 18 de janeiro entre judeus e palestinos, que manifestavam amor, paz, serenidade.
Acolhido, cheguei o mais cedo possível numa das cidades mais lindas que conheço, para abraçar a pessoa mais linda que conheço: meu amigo Latuf, meu eterno orientador palestino, e cumprir a vitalícia sorte de passar meu aniversário com ele.
Avisado antecipadamente, descobri que o casal Roseana Murray e Juan Arias, transfigurações da palavra delicadeza, havia me convidado para almoçar com eles em seu paraíso. Para lá fomos Latuf e eu, ao som da sereia Vitória, contando as mil e uma histórias que somente Sherazade sabe.
O caminho era de pedras, numa casa mágica com cerâmicas míticas. E caminhamos todos por um bosque encantado, cheio de poesias e sutilezas. Vendo o mar, a lagoa e a mata atlântica num uníssono visual, meu coração pressentia que este será um ano memorável.   
Meu telefone, misteriosamente, resolveu não funcionar. Somente Giovani conseguia a proeza de falar comigo. Mais um sinal de que o que eu sentia ao meu redor era o prenúncio da felicidade!
Conversas nas águas de Oxun, partos nas cristalinas águas. Promessas de um futuro disciplinado e coerente... Aquele sítio encantado e encantador serviu como personagem - protagonista - de um dia de Sol.
O gosto do bolo de laranja, a vela da PAZ, as bolhas (mais bolhas) do prosecco: quatro vozes recitavam uma oração. O pedido, aquele nosso, foi feito.
Tive, também, a honra de conhecer o templo dos poetas, onde Roseana, olhando as montanhas, e Juan, vendo o mar, escrevem. Num espelho mágico, vi refletir minha imagem em milhões de outras imagens, vi meus olhos azuis e curiosos descobrindo a verdadeira hospitalidade.
Como pai, Latuf me deu o melhor presente de aniversário: a doação. Doou seus maravilhosos amigos, doou seu amor, sua casa, sua erudição. Como ele mesmo me escreveu, a cada 18 de janeiro, damo-nos conta de que nossas vidas urdem uma trama transcendental. E sou transcendido, elevado, como uma bolha de sabão, a outros níveis, sendo levado pelo vento.
Agora, já em casa, escrevendo, sinto uma imensa gratidão: pelo afeto, por ser afetado. Pois senti ontem que o querer bem é muito além das palavras, dos gestos. A simples energia da recepção, da empatia é o próprio afeto manifestado.
Quando o primeiro dia do meu próprio ano começa banhado em poesia, com pessoas que transbordam uma promessa de luz, penso: eis que a bolha do filme estourou, realmente, em mim. Porque, sinceramente, creio que o amor e a dedicação são capazes de mudar o mundo. E hoje, grato, estou mudado.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CONTO DE FADAS FEMINISTA

Não sei o autor, muito menos onde achei esse texto. Estava perdido no PC. Mas vale a pena repartir por aqui...

Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda,
independente e cheia de auto-estima que se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas.
Então a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava...
Nem morta!

AMOR...

Essa imagem é velhinha; achei, hoje, remexendo os back-ups antigos de outros PCs. mas como o amor não tem data e nunca será anacrônico...




terça-feira, 30 de novembro de 2010

DO I HAVE TO CHANGE MY NAME?

Acabei de fazer um dos milhões de quizz que existem na internet sobre "que fase da Madonna mais combina com". Adorei a resposta. A fase de que mais gosto é American Life/Re-Invention Tour. E foi exatamente a que me representa.
Não resisti e fiz outro seguido, "Quem é você em Sex and the City?" Deu Carrie Bradshaw. De novo, a minha favorita!
Tanta coincidência que até estranho...
Mas me veio, automaticamente, à memória, o chapéu seletor de Harry Potter e caiu a ficha: o chapéu seleciona, apenas, oq ue realmente se quer. Ele nunca contraria a vontade do selecionado.
E é por aí mesmo o caminho: esses milhões de testes, livros de auto-ajuda, monte de tralhas que consumimos como algo que tem ä nossa cara", na verdade é mesmo a nossa cara de propósito...
ou alguém já viu propaganda que não combine com o consumidor???





segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ALEXANDRE HERCHCOVITCH

Fuxicando o twitter alheio, vi uma frase ótima do Alexandre Herchcovitch, meu estilista favorito brasileiro:
Compra online eh tudo ! Vc não precisa se relacionar com ninguém, menos atritos.
Achei digna. Porque hoje em dia, ter contato com vendedores e outros clientes só serve para se aborrecer e sair enjoado da loja.
Virtualmente, as coisas ficam mais fáceis, não há humanos: nem quem compra é humano, nessas horas. Somos apenas um corpo virtual que lê, escreve, veste-se, calça, come, cheira: um ser virtual nada virtuoso que vive na contemporaneidade.
mas sabe o mais cômico da história? Não há mais loja virtual do Herchcovitch; Alexandre! Pois é... Eis um atrito entre o estilista e sua marca... teremos de ir às lojas, aturar o vendedor e comprar.

PRAZER, ANASTASIA BEAVERHAUSEN!

Uma das minhas séries favoritas da TV chama-se Will and Grace. Trata-se, para aqueles que não sabem o que é um aparelho de TV, de dois amigos que dividem um apartamento em New York. Até aí é apenas mais uma série. A diferença é que o Will é gay e a Grace, meio louquinha. E melhor ainda: eles têm como amigos o viadíssimo Jack McFarland e a Karen Walker. Foram oito ma-ra-vi-lho-sas temporadas, com participação de Madonna, Cher, Britney, J-Lo e mais um monte de ícones do mundo gay.
Mas o melhor do seriado, sem dúvidas, é a Karen Walker. Ela é rica, podre de rica, alienadíssima, debochadíssima, drogadíssima, plastificadíssima, alcoolizadíssima e todos os outros superlativos possíveis.
É, sem dúvidas, meu xodó do seriado.
E, também, favorita do blog, pois possui um talento INCRÍVEL para fazer autoficção. Ela tem diversas personalidades e nomes, mas o mais divulgado e reconhecido (pasmen!) é o Anastasia Beaverhausen, que tem uma bela origem: Anastasia, como a realeza russa e Beaverhausen, onde os esquilos moram. Esse nome é usado pela Karen, digo, Anastasia sempre acompanhado de lindos óculos escuros e uma leve entonação estrangeira na voz. Com esse nome, Karen liberta seu labo B e come comidas gordurosas e baratas, bebe em botecos, faz sexo com homens estranhos, usa peles sintéticas... É a chance de recriar-se para um mundo que geralmente não está tão perto.
Pois bem: ficcional como sou, intitulei-me, há anos, Bruno Beaverhausen, sobrinho de primeiro grau de Anastasia. Bruno, como o modelo histérico e tarado e Beaverhausen, bem, ... Onde os esquilos moram!
E, assim como a tia Anastasia, Bruno vive o lado B da vida. Mas o que ele faz, só Babi Siqueira sabe. E Babi é outra autoficção de uma amiga minha, mas essa vou postar depois!

BURN, BABY BURN E, EM SEGUIDA, SWIM TO THE OCEAN FLOOR

Hoje o dia está insuportavelmente quente. Parece que estou em uma estufa gigante, feito uma coxinha de galinha já rachando no calor. Bebi uns três litros de água e parece que de nada adiantou. Pior é que não há fuga: o calor destrói a energia, deixa meio lento, preguiçoso. 
E depois tem mais: esse calorão só trará uma coisa: chuva!!! E muita, provavelmente. Considerando que moro numa grande banheira, onde o poder público joga dinheiro pelo ralo, evidentemente tudo está entupido e a banheira enche. Macaé enche mesmo. Já presenciei mais de um metro de água suja, fedorenta, cheia de baratas e ratos nadando, quando morava em outra rua do centro da cidade. As águas pluviais misturam-se com o esgoto e as caixas de gordura e, numa onda fétida, invadem quase todos os bairros.
É o calor que semeia a chuva, é o bafo quente de um futuro inferno sob as águas , é uma prefeitura completamente desestruturada usando dinheiro público para entupir contas que não são as públicas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SANTA CRUZ!

Vila Cruzeiro é invadida pelos... POLICIAIS! A concepção de invasão mudou totalmente... antes, os bandidos invadiam, hoje, são os policiais. Em todos os canais nacionais, as mesmas imagems de helicópteros: dezenas e dezenas de traficantes correndo pelos morros, armadíssimos, planejando uma defesa. Os policiais, em tanques de guerra. Lembrei-me das guerras do Iraque, do Irã, do Líbano, da Palestina e de Israel. O povo sofre com os desmandos de quem acha que tem poder. E, no fim, quem tem o poder e decide, de fato, o que acontece, é o próprio povo. Pena que não se sabe disso: é segredo secretíssimo, coisa mais misteriosa do que como nasceu o universo.
Aqui, em Macaé, as lendas começaram cedo: ônibus queimados, comunidades bloqueadas pelo tráfico. E eu, dando aula, surpreso, com a calma que os alunos estavam. Parece que a gramática os acalma, nessas horas...
Coitado, apenas, de Jesus Cristo, que morreu no tal Cruzeiro... Santa Cruz da inquisição dos traficantes que matam inocentes!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

AVADA KEDAVRA

Sábado assisti ao sétimo e penúltimo filme da série Harry Potter: HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE. Adorei a forma como o diretor abordou os relacionamentos dos personagens, mais especificamente o de Harry, Hermione e Rony. Os três personagens mais importantes da trama formam o triângulo amoroso perfeito, já que o amor, neste caso, rompe as barreiras do desejo sexual e das aventuras inúteis, em busca de um ideal comum, a libertação de si mesmos e o processo de autoconhecimento.
O mais fiel dos filmes ao livro correspondente, o sétimo filme da saga traz à tona toda a emoção e adrenalina presentes no livro, com diálogos praticamente idênticos. Mas o final...
O final do filme, para aqueles que não leram o livro é algo sem pé nem cabeça. Propositalmente pensado a fim de atrair o público para o próximo filme, que será lançado em julho de 2011.
De qualquer forma, valeu a pena e assimq ue estiver disponível na locadora, alugo para assitir de novo. Afinal, quem não quer ver o Voldemort pronunciando o seu AVADA KEDAVRA!?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

POEMA SEM TÍTULO

Esse poema é da época de rebelião religiosa, coisa de 10 anos atrás... Algo do tipo Act of contrition, da Madonna.

Três santas mulheres olham como se estivessem indo ao paraíso.
Três santas mulheres comem como se estivessem chegando ao céu.
Três santas mulheres oram como se estivessem dando para Deus.
Três santas mulheres
Três antas mulheres
Tens santas mulheres?

PÓS-BACURI

Minha querida amiga Danielle, a mais paraense de todas as paraenses, foi a sua terra natal e trouxe-me, de presente, bombons de cupuaçu e bacuri. Hoje, após meu frugal almoço, comi um desses deliciosos. Nunca fui ao Pará, mas o gostinho azedo que senti em minha boca, após comer a gostosura, já me fez sentir o calor e a umidade daquelas terras que só têm gente maravilhosa!

I WANT TO BE ALONE

Ontem uma gripe me acertou em cheio, nocauteando-me na cama. Por isso, resgatei um clássico do cinema, para acompanhar-me na dolorosa arte de manter-se em repouso, para melhorar rápido e voltar ao stress do final de ano de um professor.
Optei por Grand Hotel, uma obra-prima do cinema, em que Greta Garbo encena uma bailarina russa, a Mme. Grusinskaya, uma depressiva e solitária mulher que se vê no final da carreira.
A primeira cena de Garbo, no filme, já é o suficiente: "I think I have never been so tired in my life" ... a fala, para mim, soa como um hino ao trabalho. Alguns minutos depois, Greta volta com seu memorável "I want to be alone... I just want to be alone". Nesse momento, desligo a TV e decido ir dormir. Também quero ficar sozinho. Na verdade, há dias ando querendo ficar sozinho. Totalmente não: com a Greta Garbo (mas ela lá na TV e eu cá, na minha cama).



Vídeo

domingo, 21 de novembro de 2010

ODE A AFRODITE

   Esse poema de Safo (poetisa da Grécia antiga) me acompanha há alguns anos... Sempre releio, para lembrar que  o amor é uma dádiva muito rara e que poucos sabem, realmente, lidar com ele.
 
Em teu trono ofuscante, Afrodite
Sagaz filha eterna de Zeus
Eu imploro: não me esmagues
de aflição
vem a mim agora, como certa vez
ouviste meu longínquo lamento, e cedeste,
e te ausentaste furtivamente da
casa de teu pai
para atar pássaros em tua áurea
carruagem, e vieste. Vistosos pardais
trouxeram-te ligeira para
a sombria terra, suas asas vergastando o médio céu.
Feliz, com teus lábios perenes, sorriste:
“O que há de errado, Safo, por que me chamaste?
O que deseja o seu tresloucado coração?
Quem deverei fazer amar-te?
Qual delas voltou as costas a ti?
Deixa que ela fuja, logo virá atrás de ti.
Recusa delas os favores, e logos serão teus.
Ela te amará, ainda que não saiba nem queira.”
Vem pois agora a mim e liberta-me
da espantosa agonia. Labora
por meu tresloucado coração. E sê de mim aliada.

Crônica de um amor anunciado - Martha Medeiros

Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.
O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.
A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?
O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.
O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.

METALINGUAGEM

Mais um poema do saco de velharias...

Escrevi tentando escrever o que seria escrito por você.
Não consegui, desenhei aquilo que você sempre rabiscou em folhas soltas de jornal.
Cantei uma canção na voz de uma mulher perdida pelas dunas de praias jamais cantadas,
E percebi que não há outra forma de representar o que me interessa senão através dela mesma.
Palavra. Som. Voz. Grafologia.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

TOTAL ECLIPSE OF THE HEART

Nem me lembro quando ouvi essa música pela primeira vez. Acho que antes mesmo de eu nascer! E hoje, como estou com um espírito totalmente 80's, nada melhor do que a Bonnie Tyler como trilha sonora. Para os que nunca ouviram, não sabem a breguice DELICIOSA que estão perdendo. O clipe é um show à parte.

And I need you now tonight, and I need you more than
ever
And if you only hold me tight, we'll be holding on
forever
And we'll only be making it right 'cause we'll never
be wrong together
We can take it to the end of the line
Your love is like a shadow on me all of the time (all
of the time)
I don't know what to do and I'm always in the dark
We're living in a powder keg and giving off sparks

I really need you tonight
Forever's gonna start tonight
Forever's gonna start tonight

Once upon a time, I was falling in love
But now, I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
Once upon a time, there was light in my life
But now, there's only love in the dark
Nothing I can say
A total eclipse of the heart


O sangue de Jesus tem poder !!!

O canal Viva está reprisando a novela Vale Tudo. Eu tinha uns sete anos quando passou pela primeira vez na TV, mas as cenas clássicas de Heleninha Roitman e a morte de Odete ficaram para sempre em minha memória viciada em ficções. Revendo (deliciosamente) todos os dias, na hora do almoço e, quando aguento, às 0h45min, penso como o Brasil mudou para a melhor e como as pessoas continuam as mesmas, mesmo com um país muito mais organizado, em todos os sentidos.
Ainda estamos infestados de Marias de Fátima, Odetes, Heleninhas... Mas as Raqueis também existem, e iluminam nossas cidades, cheias de esperança, afeto e amor.
Não que a Regina Duarte me encante - pelo contrário - mas sua Raquel mudou uma geração. Em suas falas, vejo as gírias que o pessoal de 30 e poucos anos ainda usam, sinto um clima de integridade que TENTAMOS manter e a força de uma workaholic que faz de tudo para crescer, dignamente, na vida.
Mas as roupas das personagens são as melhores.. e tudo de volta, com força total... mas esse assunto fica pra outro post.
E como diria Raquel... SANGUE DE JESUS TEM PODER!


terça-feira, 16 de novembro de 2010

SONHOS

Mais um poema dos velhos tempos, quando eu achava que a poesia salvaria o mundo...
Hoje não penso mais isso, para mim, hoje, a poesia é a inutilidade wildeana. 
Amanhã, a poesia serei eu.

SONHOS

Não há nada pelo caminho que seja capaz de não permitir os passos que dou, não há nada pelo caminho que interceda contra mim. Somente há luz, esperança. Mesmo quando não há escolhas, mesmo quando não há traçados, os sonhos me acompanham. Não há o que temer.
 
Apagar do coração antigas dores e gritar agora por mim e por todos...
Não quero mudar de ser, apenas apagar meu ego e viver um sonho...
Expressar mesmo sabendo que não realizaria meu sonho idiota...
Não quero ser apenas mais um sonho de liberdade na vida...
Idealizar a sociedade sem suas doenças e ser...
Não quero compartilhar da hipocrisia...
Ouvir o que meu coração diz...
Não quero ser humano...
Urrar promiscuidades...
Não quero ego...
Sonho...