sábado, 8 de janeiro de 2011

O FIM DO MUNDO CHEGOU

Ando bastante cansado de viver em Macaé. As coisas por aqui estão cada vez mais difíceis de tolerar. Enxergamos - e eu, mesmo com miopia e astigmatismo, exergo bem isso - o poder público, em todos os níveis, pouco se importando com o município.
Não sou macaense, mas me considero um. Estou aqui há dez anos e me sinto cidadão. Amo a cidade, mas tenho pena dela.
Ontem, no trabalho, fui informado de que um funcionário da empresa que trabalha no mesmo prédio da FAFIMA, a Westgroup, foi assaltado, e, ainda, levou um tiro no rosto, ali, em pleno centro da cidade, ao lado do Colégio Luiz Reid. O rapaz, trabalhador, como eu, ou qualquer outro homem de bem, foi mais uma vítima, por ter sacado dinheiro no banco e estar voltando ao seu trabalho. Foi seguido e então isso aconteceu. Graças a Deus ele está hospitalizado, o pior não aconteceu.
Eis que acordo e confiro minhas mensagens no facebook e uma amiga me escreveu que perdeu o celular - foi assaltada, ontem! É deprimente.
Não podemos mais andar, falar, pensar, fazer nada... Pois não nos sentimos mais seguros onde estamos.
A qualquer momento, alguém pode vir e roubar, matar, sei lá mais o quê!
Não adianta apenas prender, matar, condenar os bandidos. Ninguém nasce assim. Ontem, assistindo à novela "Vale Tudo", a personagem Raquel me emocionou com sua fala ao Gildo, um ex menino de rua: "Aprendi com você que se a gente vê  um menino que está indo para a marginalidade, podemos fazer algo que isso muda, te ajudar me mostrou que as coisas têm solução". Vejo isso diariamente na escola em que trabaho na prefeitura. Tentamos com toda a força do mundo livrar nossas crianças da marginalidade. Mas sozinhos é impossível. Quem deveria nos ajudar, está ocupado demais pensando em outras coisas mais politicáveis.
Por isso, hoje, aluguei 2012. Prefiro pensar no fim do mundo, dentro de casa, de mentirinha, do que me arriscar do lado de fora e vivê-lo.

2 comentários:

  1. Meu deus, que coisa!
    Quem foi o rapaz da West ferido?

    É deprimente mesmo Luis, ver o rumo que as coisas estão tomando na cidade que vivemos! Essa semana vi aquele filme do ônibus 174 que passou na Globo, é vísivel como falta educação de base, que a raiz do problemada da violência não é a simples falta de policiamento ou segurança...

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  2. Verdade, Karen! Esse filme mostra muito bem onde está o verdadeiro problema da violência brasileira. Não sei o nome do rapaz. Mas parece que não está mal, graças a Deus!

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